São vários os bloqueadores de gordura comercializados nas farmácias, lojas de suplementos alimentares e internet. A facilidade está ao alcance de todos, mas deve-se atentar para os princípios ativos. Um deles é a efedrina (ativo que acelera o metabolismo, mas causa uma série de efeitos colaterais como taquicardia e pressão alta). Depois vem, a L-carnitina, também conhecida como Fat Burner, um aminoácido que aceleraria a queima de gordura, mas sua eficiência vem sendo contestada.
Outras substâncias estimulantes, como cafeína e taurina também prometem ajudar na perda de peso. A quitosana, que é uma fibra extraída da casca de crustáceos, faz a mesma promessa: impedir a absorção de gordura.
O Ácido Linoléico Conjugado, mais conhecido por CLA, agiria na enzima responsável por armazenar a gordura ingerida. Sob efeito do produto, esta enzima seria usada como a principal fonte de energia, em vez de estocar nas células e virar aqueles pneuzinhos indesejáveis. A maioria dos estudos tiveram efeito positivo nos ratos. Os resultados no ser humano deixaram a desejar.
Tem mais: nem todos os CLAs são iguais. Nas pesquisas que mostraram resultado, foi testado o isômero trans 10 cis 12 (as moléculas do CLA são agrupadas de uma forma específica). Isso significa que essa combinação foi considerada a mais eficaz. O problema é que a maior parte das marcas importadas e nacionais que vendem o CLA não cita se é esse isômero que está contido na fórmula.
Como é nomeado de suplemento, pode dar a impressão de se tratar de algo natural e que não traria mal a saúde. Se a pessoa tomar uma dose acima de 2 gramas ao dia pode sentir náuseas. “Se a dosagem diária chegar a 6 gramas, pelo menos dez estudos apontaram para o risco de desenvolver resistência à insulina, o que, a longo prazo, poderia causar diabetes.”
CLA – Ácido Linoléico Conjugado.
O que promete? Auxiliar na redução de gordura corporal, ao aumento do metabolismo e ganho de massa muscular.
Quitosana – é uma fibra formada por um aminopolissacarídeo derivado da quitina, um polímero de ocorrência natural, obtido a partir de exoesqueletos de crustáceos (camarão, lagosta e caranguejo).
O que promete? Auxiliar na redução da absorção de gordura e colesterol. Pessoas alérgicas aos crustáceos devem abster-se.
L – carnitina – é um complexo protéico presente em todas as mitocôndrias do corpo. Este composto de aminoácidos tem recebido atenção por ser um dos responsáveis pela oxidação lipídica, de modo que tem sido vendido como um fat burner. Em indivíduos deficientes de carnitina, sua suplementação é de grande importância, porém, até o momento, não há um acordo sobre sua influência na performance.
O que promete? Energia para atividades musculares.
Efedrina – é um estimulante que age no sistema nervoso central e é amplamente usada como descongestionante nasal e no tratamento de asma. Efedrina é encontrada em muitos produtos populares para emagrecer, alguns dos quais a FDA (Food and Drug Administration – agência norte-americana que regula medicamentos e alimentos) acredita que podem ser perigosos. De fato, a FDA baniu recentemente a venda, embora não a posse, de todos os suplementos alimentares contendo efedrina. A maior parte dos problemas sérios associados à efedrina envolvem pressão alta, a qual pode causar sangramento no cérebro, infarto ou ataque cardíaco. A efedrina HCL, usada como broncodilatador, é considerada um medicamento e não suplemento; de forma que não é alvo do banimento da FDA.
Taurina – é um aminoácido presente em alimentos de origem animal e é também produzida pelo organismo humano. É usada nos energéticos por seu efeito desintoxicador, facilitando a excreção de substâncias pelo fígado que não são mais importantes ao corpo. Outro atributo relacionado a este aminoácido é de poder intensificar os efeitos da insulina, tendo sido responsável por um melhor funcionamento do metabolismo de glicose e aminoácidos, podendo auxiliar o anabolismo.
Cafeína – doses terapêuticas de cafeína estimulam o coração, aumentando a sua capacidade de trabalho e produzindo também dilatação dos vasos periféricos.
Uma xícara média de café contém, em média, cem miligramas de cafeína. Já numa xícara de chá ou em um copo de alguns refrigerantes, encontram-se quarenta miligramas da substância. Sua rápida ação estimulante faz dela poderoso antídoto à depressão respiratória em conseqüência de intoxicação por drogas como morfina e barbitúricos. A ingestão excessiva pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos como irritabilidade, ansiedade, agitação, dor de cabeça e insônia.
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